Por Bruno Faria

 

Atriz, cantora e diretora, define a maneira pela qual aceitou a Jesus e hoje vive a cada novo dia na Esfera da Eternidade.

 

Com exclusividade para o Badalados.com, Paula Manga, atriz e acima de tudo “Uma Guerreira do Deus Vivo” descreve a maneira pela qual aceitou a Jesus e manteve sua trajetória da FÉ!

 

A também cantora nasceu em uma família de artistas, ou seja: desde criança já convivia no meio cultural do cinema e teatro. Além de ter formado-se na CAL
(Centro Cultural Laranjeiras) no Rio, estudou Artes Cênicas nos EUA. No Brasil atuou em novelas, musicais e peças teatrais.

 

Entre os personagens de repercussão na mídia, a vilã Gilda na minissérie Um Só Coração também foi elogiada pela crítica e gerou forte impacto no grande público. O papel exigiu muito da atriz e deixou sua marca: não interpretar, mas viver a personagem com técnica e emoção.

 

Atualmente é diretora e volta a cantar na Igreja ( cantava no meio secular como Paula Hunter), onde ela própria define  ser um privilégio.  Nesta entrevista também retrata a forma pela qual começou a seguir Jesus não por “religião”, mas por uma fé viva onde por meio do Espírito Santo  aventura-se a cada novo dia na Esfera da Eternidade.

 

Como foi nascer no meio de uma família de artistas e conviver com grandes nomes da cultura das Artes Cênicas do Brasil desde criança?

Como criança, você não tem noção disso, era pra mim normal, nunca imaginei que vivia num mundo " de artistas". 

 

Como surgiu a vontade de ser atriz?

Desde o colégio, entrei para o teatro, e senti ao longo dos 13/14/15 anos que gostaria de seguir profissionalmente, fique durante algum tempo entre atriz, e jogadora de volley, mas a primeira venceu. 

 

Como foi pra você  ter estudado Artes Cênicas nos EUA?

Foi maravilhoso! Aprendi a cultura do ator completo ( atuar/dançar/cantar). Mesmo que você não tenha nascido com estes dons, naquela cultura te incentiva a estudar para alcançar um pouco, de todos. Desta forma,  sua margem de trabalhos aumenta significativamente. .

 

Pra você o que é necessário para a construção de um ator?

Perseverança e paixão pela arte!  Pois o ponto forte, o núcleo para ser um ator de verdade, é aprender a gerar verdade às emoções, vivências, experiências, criatividade e vaidade pelo personagem. Na realidade uma entrega total, pois na atuação verdadeira você não existe mais e sim a personagem.

 

Por ter feito novelas, minissérie, etc. Descreva- nos como era a rotina de estudar o texto e das gravações?

Nunca fui protagonista, então a loucura de gravação não foi  demais, mas mesmo assim, tinha poucas horas livres no dia. Contudo, estúdio era o dia todo; e à noite, decorar as cenas do dia seguinte. Nem sei o que deve ser gravar e decorar 40 cenas por dia... 

 

Como foi pra você entrar na direção ainda sendo atriz?

Já estava afastada da atuação, morava em São Paulo, quando descobri que tenho “veia” de Diretora.  É bacana, depois de ter lutado por tantos anos por uma profissão, descobrir que tem outros talentos. Foi revigorante para mim que sempre achei que não conseguiria fazer mais nada além de atuar.

 

É verdade que os atores entendem mais de direção, pois 

compreendem  a construção dos personagens em cada detalhe do filme?

Não creio nisso, se ele não tiver algum dom ou talento ou desejo de dirigir, já nele, a visão apenas do ator, é ao contrário, só de sua, ou talvez da atuação dos outros atores, mas a visão de direção é muito além disso: é um olhar holístico, do todo, desde como o filme deve  ficar, em sua atuação, como cada detalhe, cenário, palheta de cores, locação, trilha, linguagem, edição, enfim, é mais trabalhoso e detalhista.

 

Como começou sua busca a Deus?

Sempre segui os passos religiosos da minha mãe; mas apenas para agradá-la, e assim foi o evangelho. Porém, após alguns meses frequentando os cultos, o Espírito foi me revelando que onde estaria a verdade. E, me batizei, segui por livre e espontânea vontade, de todas as outras que minha mãe havia seguido no passado... Glórias ao Senhor... Ela, alguns anos antes de partir, estava salva, e estarei com ela na Cidade Santa, um dia!  

 

Na sua opinião, quais as dificuldades para a profissão do ator no Brasil?

Ainda há a monarquia de uma emissora, apesar de estarmos evoluindo para uma democracia pequena, de alguns canais, em que o ator pode fazer uma bela carreira, sem ter que participar de uma só, mas temos muito chão pra cobrir, desejo que tenhamos pelo menos uma dezena de canais, em que o ator possa fechar contrato, fazer carreira, ter visibilidade, e reconhecimento merecido, sem ficar escravo de um só canal. 

 

O que é necessário para que o ator não seja repetitivo?

Talvez procurar personagens que sejam desafios, bem diferentes dos que até então fez. Mas é vital para um ator saber seus limites. Quando estudava nos USA, em certa aula, o professor disse:" Por exemplo, Arnold Schwarzenegger, é um ator extremamente limitado, mas aonde está seu enorme talento? Saber seus limites e explorá-los ao máximo".  

 

Sendo também Diretora, o que é essencial para a harmonia e produtividade em um Set de gravação?

O essencial para a produtividade em um Set, na minha opinião, é respeito. Sempre funcionou, até por que o mundo já se cansou de diretores “divas” que acham que podem gritar com as pessoas.  Os melhores diretores, pra mim; e cito um dos meus favoritos: Clint Eastwood, fala baixo, manso, apesar de dias difíceis, claro, sempre acontecem no meio de uma filmagem, mas ele mantém a cordialidade a todos. Um repórter perguntou ao diretor Steven Spielberg qual a sua definição de um diretor gênio, e ele disse: "O diretor que consegue colocar a visão dele, com o dinheiro que ele tem e o  cronograma que lhe é dado".

 

O que mais te fascina em Jesus?

Tudo! Sua pessoa, personalidade, mansidão, misericórdia, coragem, amor incondicional . A resposta perfeita e tudo n’Ele me fascina .  Somente compreenderei mesmo, quando estiver face à face com ele, estava esta semana vendo a série A Bíblia ( recomendo!), e claro na hora da crucificação chorei muito,  muito bem feito, bem atuado, bem dirigido, mas claro, o que me tocou tanto não foi a beleza artística, e sim tendo o entendimento do que foi, e é a cruz em minha vida, se ela não tivesse acontecido, o que seria de mim: e mais uma vez Jesus me fez me apaixonar por Ele, e por tudo que Ele fez e faz pela minha vida. Como não se  fascinar  com alguém assim?

 

Já sofreu algum tipo de resistência por sua escolha?

Ah sim, como se eu tivesse sofrido uma involução, mas é normal, a revelação dos evangelhos é algo pessoal, e se não houver experiência, tudo parece louco mesmo, a pessoa sem o entendimento espiritual não entende, e temos que ter misericórdia, afinal fomos assim um dia... 

 

Como é sua vida de busca a Deus, pois soube que você tem um chamado pra Batalha Espiritual?

Sempre gostei do assunto, tenho mais de 30 livros sobre o tema; e gosto de aprender cada vez mais sobre a dimensão espiritual e como ela funciona, tento estar sempre falando com o Espírito Santo, o dia todo, rio, choro, reclamo, canto e oro com Ele.  Tento ter cada vez mais intimidade, mas sei que ainda tenho um longo caminho a percorrer...

 

E sendo uma excelente cantora, como é agora também estar ministrando pra Jesus na Igreja?

É algo novo, desde 2010, meu pai espiritual, o Apóstolo Rina, me perguntava quando entraria no louvor, mas tinha restrições, pois o púlpito não é lugar para qualquer um.  Deve ser encarado com muito respeito, temor e tremor.  Achava que não estava preparada, pensava que não havia a clareza de  que este lugar não é palco. Ou seja: minha voz pode ser boa, mas lá, se não houver unção, ela será chacota na dimensão espiritual. Portanto, esperei o momento certo, e com os cultos em inglês no Bola de Neve do Rio, vi que era a hora para entrar, espero  ter tomado a decisão certa!